Nesse momento, peço licença para misturar datas e falar, apenas das minhas andanças pela cidade de Cuzco, começando com uma descrição da cidade:
FUNDAÇÃO
“Algumas lendas indígenas atribuem sua fundação a seu primeiro chefe de estado, um personagem lendário chamado Manco Capac, eu prefiro esta:
– Manco Capac é tido como filho de Inty, o deus do sol e irmão de Pachacamac.
Ele e seus irmãos foram enviados pelo deus sol e emergiram neste mundo nas cavernas de Pacaritambo trazendo um povo dourado chamado de tapac-yauri. Ele teria sido instruído a construir um templo para o deus Sol no lugar onde emergiram da terra mas o lugar não era apropriado e então eles viajaram por túneis subterrâneos até Cuzco onde erigiram um templo em honra ao pai deles, Inti, o deus Sol. Durante a viagem para Cuzco, um irmão (e também uma das irmãs) de Manco Capac se transformou em pedra (Huaca)
Por dados arqueológicos e antropológicos estudou-se o verdadeiro processo da ocupação de Cuzco. O consenso aponta a que, devido ao colapso do reino de Taypiqala, produziu-se a migração de seu povo. Este grupo de cerca de 500 homens teria se estabelecido paulatinamente no vale do rio Huatanay, processo que culminaria com a fundação de Cuzco. É desconhecida a data aproximada, porém, graças a vestígios, há um consenso que o local onde se localiza a cidade já se encontrava habitado há 3000 anos. Porém, considerando unicamente seu estabelecimento como capital do Império Inca (meados do século XIII), Cuzco aparece como a cidade habitada mais antiga de toda América.
Foi a capital e sede de governo do Reino dos incas e seguiu sendo ao iniciar-se a época imperial, tornando-se a cidade mais importante dos Andes. Esta posição lhe deu proeminência e a converteu no principal foco cultural e eixo do culto religioso.
– Atribui-se ao governante Pachacuti ( do quíchua Pacha Kutiq, “O que muda a
Terra”, ou “Reformador da Terra”) ter feito de Cuzco um centro espiritual e político. Pachacuti chegou ao poder em 1438, e ele e seu filho Túpac Yupanqui dedicaram
cinco décadas à organização e conciliação dos diferentes grupos tribais sob seu domínio, entre eles os Lupaca e os Colla. Durante o período de Pachacuti e Túpac Yupanqui, o domínio de Cuzco chegou até Quito, ao norte, e até o rio Maule, ao sul, integrando culturalmente os habitantes de 4.500 quilômetros de cadeias montanhosas.
Também se crê que o desenho original da cidade seja obra de Pachacuti. O plano do Cuzco antigo tem forma de um puma, com a praça central Haucaypata na posição que ocuparia o peito do animal. A cabeça do felino estaria localizada na colina onde está a fortaleza de Sacsayhuaman. Os incas organizaram sua divisão administrativa de maneira que os limites das quatro regiões do império coincidissem na praça principal de Cuzco.”
Alguns dados sobre Cuzco
“Cuzco (em espanhol Cusco, em quíchua Qosqo ou Qusqu) é uma cidade situada no sudeste do Vale de Huatanay ou Vale Sagrado dos Incas, com população de 300.000 habitantes. É a capital do departamento de Cuzco e da província de Cusco.
É uma cidade muito alta (com 3400 metros altitude). Seu nome significa “umbigo”, no idioma quíchua. Era o mais importante centro administrativo e cultural do Tahuantinsuyu, ou Império Inca. As paredes de granito do palácio inca ainda estão lá, bem como monumentos como o Korikancha, ou Templo do Sol.
Depois do fim do império, em 1532, o conquistador espanhol Francisco Pizarro, invadiu e saqueou a cidade. A maioria dos edifícios incas foi arrasada pelos clérigos católicos com o duplo objetivo de destruir a civilização inca e construir com suas pedras e tijolos as novas igrejas cristãs e demais edifícios administrativos dos dominadores, desta forma impondo sua pretensa superioridade europeia.
A maioria dos edifícios construídos depois da conquista é de influência espanhola com uma mistura de arquitetura inca, inclusive a igreja de Santa Clara e San Blas. Frequentemente, são justapostos edifícios espanhóis sobre as volumosas paredes de pedra construídas pelos incas.
De forma interessante, o grande terremoto de 1950, destruindo uma construção de padres dominicanos, expôs que esta fora erigida em cima do Templo do Sol, que curiosamente resistiu firmemente ao terremoto.
Esta teria sido a segunda vez que aquela construção dos dominicanos fora destruída, sendo que a primeira vez fora em 1650 quando a construção espanhola era bem diferente.”
Esse post foi elaborado com informações colhidas no Google e as imagens são minhas e, também retiradas do Google.
Na época da minha viagem(1998) não havia a modernidade de tirar e guardar as fotos em meio eletrônicos, tudo era feito em filmes com 36 poses, que depois foram reveladas aqui no Brasil