Machu Picchu – iniciando o desbravamento

Foto da época da descoberta - reparem o formato do rosto do inca nas montanha ao fundo

Foto da época da descoberta

É bom ir esclarecendo que, à época em que fui (1998), o hotel e a lanchonete na entrada do parque exploravam o turista e não o turismo como deveria ser. Mas acredito que hoje seja diferente.

Deixando minha bagagem no hotel saímos para conhecer a cidade. O meu guia decidiu começar pela parte alta , não a mais alta do sítio arqueológico mas, a que eu poderia aguentar. O esforço físico é enorme nas subidas das escadas incas.

Passei uma vergonha quando um senhor mais velho do que eu, à época, mais alto, bochechas rosadas e usando uma bengala falou algo que entendi como :-“Com licença!” e lá foi ele subindo, tranquilo, enquanto eu me esforçava a cada degrau.

Nesse local que chegamos existe uma pedra onde se faziam sacrifícios e oferendas aos mortos.

Altar de oferendas e sacrifícios

Altar de oferendas e sacrifícios

Bem ao lado uma construção preservada tendo, apenas o madeirame e a palha do teto restaurados.

Casa preservada

Casa preservada

O local em si não me despertou sentimentos de energia, nem os demais locais, o que mais adiante descobriria a razão.

De interessante e que se vê muito bem de lá de cima é o rosto do inca na montanha em frente.

Face do Inca

Face do Inca

Cabeça do inca - foto do Google

Cabeça do inca – foto do Google

Coincidência ou não isso iria explicar, mais tarde de onde vêm a energia que abastece Machu Picchu. Não adiantou, para mim, buscar energia na cidade em si, pois lá não encontrei.

O grande barato, que descobriria à noite, é a energia gerada pelas montanhas que cercam a cidade. Machu Picchu, para mim, se situa como o centro de recepção de energia dos picos das montanhas qua a cercam.

Andei por toda a área passando pelos diversos locais de observação astronômica, área industrial, o castelo do INKA e a área residencial, e em todos procurei uma energia especial e cada vez me frustrava mais.

Cidade de Machu Picchu

Cidade de Machu Picchu

Entre os locais mais interessantes está a Pedra de Intihuatana, que servia a propósitos astronômicos e indicativo do início os equinócios (os equinócios ocorrem nos meses de março e setembro quando definem mudanças de estação. Em março, o equinócio marca o início do outono no hemisfério sul. Em setembro ocorre o inverso, quando o equinócio marca o  da primavera).

Intihuatana:

Intihuatana

Intihuatana

-“Uma das principais funções de Machu Picchu foi a de observatório astronômico. A pedra Intihuatana (que significa “Pedra de Amarração do Sol “) tem se mostrado um indicador preciso da data dos dois equinócios e outros períodos celestes significativos. O Intihuatana (também chamado de Saywa ou Sukhanka pedra) é projetado para amarrar o sol nos dois equinócios, não no solstício (como é referido em alguns livros de literatura turística e new age). Ao meio-dia em 21 de março e 21 de setembro, o sol está quase diretamente acima do pilar, criando nenhuma sombra em tudo. Neste preciso momento o sol “fica com toda a força em cima do pilar” e é por um momento “amarrado” à pedra Nesses períodos, os incas realizavam cerimônias para a pedra em que “amarrou o sol” para interromper seu movimento para o norte no céu.

Há também um alinhamento Intihuatana com o solstício de dezembro (o solstício de verão do hemisfério sul), quando ao pôr do sol o sol mergulha atrás Pumasillo (garra do Puma), a montanha mais sagrada da faixa de Vilcabamba ocidental, mas o santuário em si é essencialmente equinocial.

Lendas xamânicas dizem que quando uma pessoa sensível toca sua testa na pedra Intihuatana ela abre sua visão para o mundo espiritual.

Pedras Intihuatana foram os objetos extremamente sagrados do povo Inca e foram  sistematicamente destruídas pelos espanhóis. Quando a pedra Intihuatana era quebrada em um santuário Inca, acreditava-se que as divindades do lugar haviam morrido ou partido.

Pedra Intihuanata

Pedra Intihuanata

 

Os espanhóis nunca encontraram Machu Picchu, ainda que suspeitassem de sua existência, assim, a pedra Intihuatana e seus espíritos residentes permanecem em sua posição original.

O santuário no topo de montanha caiu em desuso, pelos incas, e foi abandonado cerca de quarenta anos depois da tomada espanhola de Cuzco em 1533.

Linhas de alimentação que ligavam os vários centros sociais incas foram interrompidas e o grande império chegou ao fim. A fotografia, inicial do post, mostra as ruínas de Machu Picchu em primeiro plano com o pico sagrado de Wayna Picchu elevando-se por trás.” *

* Texto retirado do site http://www.sacredsites.com.

Machu Picchu

Machu Picchu

No pátio gramado, em que se vê uma única árvore, será onde pela noite, eu e meu guia entraremos na cidade para fazer um ritual e honrar as montanhas.

Local do ritual, o pátio gramado.

Local do ritual, o pátio gramado.

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