Tributo à Minha Tia

Arrumando alguns papéis antigos encontrei esse texto. Não tinha data nem nome e portanto não sei a quem dedicar. Eu, cá para mim, tenho uma forte ideia de quem seja.

A tristeza da perda física

A tristeza da perda física

“MINHA TIA
De repente levei alguém à sua última morada. Será que era ela realmente? Não, estava ali o que restava de uma marionete, cujo Manipulador um Ser Maior, que resolvera tirá-la de cena.
Mas seria só isso? Um boneco que não pediu para ser feito, nem participar do show e, muito menos, sair de cena.
O que haveria mais nesse show ? Existimos nós, que continuamos aqui? Há o dia, o céu, os pássaros, as lembranças, O TODO?
Então tudo se resumiria a isso? E achamos pouco?
Olhe em volta, nós estamos acabando com a harmonia na terra, brigando entre nós mesmos e contra a Natureza, esquecendo que o Amor, simplesmente o Amor, nos levará de volta a tudo e ao TODO.
Ali está o marionete, mas os shows dos quais ele participou colocando o Amor ao próximo acima de tudo, ficarão inesquecíveis na retina da alma de tantos quantos tiveram a felicidade de presenciar.
Olho, repentinamente, seria uma lágrima?
Não, era um sorriso. Sorriso de quem, finalmente, encontrou a Harmonia, de quem pode, agora, aproveitar, sem limites, do Amor.
É minha tia, a vida aqui não foi fácil e esse seu papel o cumpriu com brilhantismo e galhardia arrancando aplausos de nós que tivemos o privilégio de conviver contigo.
Sorria, abra seu imenso coração e de dentro dele espalhe amor, paz e harmonia entre nós.
Outros marionetes assumem a cena. Nenhum igual a você.
Do sobrinho e amigo
Araken”

Nosso anjo da guarda

Nosso anjo da guarda