Eu supersticioso? Claro que não!

Vídeo exibido no programa Estúdio I de 12 de julho de 2013 :

Eu tenho algumas manias, mas daí a me chamarem de supersticioso…

Quando era jovem e jogava futebol de salão, hoje futsal, só jogava de preto, ou numa GRANDE exceção o uniforme azul marinho, quando sobrava o cinza, já entrava meio derrotado. Sabendo disso eu mesmo lavava meus uniformes de jogo.

Além do tradicional “pisar na quadra com o pé direito” eu tinha que, na baliza, dar dois biquinhos na trave direita com o pé esquerdo e na trave esquerda com o pé direito, além de no centro do gol dar um tapinha no travessão.

O fundamental era a primeira defesa. Se eu conseguisse agarrar a bola com firmeza ou espalmar, em uma jogada mais difícil, isso me dava total confiança o jogo todo.

Tinha também algumas manias quando ia viajar:

– no avião: sentar sempre nas últimas fileiras, no corredor;

– no ônibus: saltar sempre no ponto anterior ao local que ia para sempre estar andando para frente;

– e a mais estranha se refere as “cuecas da sorte”.

Eram duas cuecas de algodão, bem tradicionais, uma azul marinho e outra verde escuro. Eu tinha que estar usando uma delas quando ia viajar, tanto fazia o meio de transporte. Viagem aérea então, até tirar da cesta de roupa suja eu fiz.

Com o tempo elas precisaram ser cerzidas ( Cerzir v.t. Costurar uma fazenda puída, disfarçando-lhe o defeito. Compor, formar. Unir, juntar.) e com o tempo passando e eu viajando muito chegou um tempo que não tinha mais o que fazer, era vestir e rasgava em algum remendo. Não me restava outra alternativa, senão:

– colocar uma na minha maleta de mão, junto com meu material de trabalho, dentro de um saco escuro, e a outra dentro do bolso da calça. Agora imagina no meio de uma reunião eu metia a mão no bolso para pegar um lenço e vinha a cueca velha!

Por fim eu fui intimado a jogá-las fora, o que fiz, porém antes cortei alguns pedaços do tecido que carrego até hoje em uma bolsinha de couro que levo no bolso.

Dentro dessa bolsinha de couro estão fitinhas benta do Senhor do Bonfim, que se romperam, figa e algumas coisinhas mais

Quanto a gato preto, o amor por meu filho foi mais forte que a superstição. Como ele queria ter um gato e tinha que ser preto, aceitei, inicialmente com uma certa preocupação. Agora já estamos com o segundo, também preto, adotado bem pequenininho quando foi abandonado num terreno baldio.

Passar por baixo de escada? Nem escada rolante!

Esse post está sendo publicado hoje, dia 13 !